Como já escrevi há algumas semanas aqui, o futebol de Mato Grosso do Sul vive o mais trágico momento de sua história e está na pior das prateleiras do esporte brasileiro.
Times falidos, falta de investimento público e privado, má gestão da Federação Sul-Mato-Grossense e dos clubes, ausência de engajamento da população e o crescimento vertiginoso do esporte a nível mundial.
Numa ensolarada tarde de domingo, por exemplo, uma criança de dez anos irá priorizar assistir em seu celular um clássico entre Real Madri e Barcelona, recheado de competitividade e craques, ao invés de ir ao extremamente precário e pouco atrativo estádio Fredis Saldivar assistir DAC contra Costa Rica, pra ver jogadores medianos que em dois meses nunca mais pisarão os pés em Dourados.
Nem os grandes Operário e Comercial, ao travarem o glorioso e histórico Comerário, irão levar nossos jovens ao estádio. Nós pais já não os convencemos com o tal do amor pelo clube.
Reviravolta?!
Penso que seja pouco provável que tenhamos um campeonato estadual profissional competitivo e atrativo. Visto que só os maiores e mais ricos estados brasileiros mantém um produto que agregue ao calendário nacional.
Talvez a saída seja grandes projetos a longo prazo, com investimentos em estruturas de divisão de bases visando a revelação de talentos para que no futuro gere boas receitas. Apostar que amador é o grande lance para todos os espectadores.
Em nosso vizinho, São Paulo, é comum vermos competições menores e amadoras que são sucesso de público devido a boa organização, a publicidade, o conforto e a chance da população em ter algum tipo de entretenimento.
Lá são milhares de times espalhados de leste a oeste que fazem parte da estrutura esportiva e dão base para as divisões menores que, consequentemente, dão suporte para as maiores até chegar nos gigantes e milionários clubes profissionais.
SEM ESTRUTURA, INVESTIMENTO E COM A ATUAL GESTÃO DA FFMS NÃO DÁ!