Em todo o Brasil, nas periferias, nas margens e comunidades, uma realidade intrigante e chocante aflige milhões de seres humanos. Com a pobreza como plano de fundo, a violência e a privação de serviços públicos fundamentais são regra. A falta de acesso a serviços tidos como essenciais, como saúde, educação, saneamento e segurança pública, deve ser considerada como violência estrutural, e é imprescindível que compreendamos tal fato para que soluções sejam eficazes.
Essas pessoas são desprovidas dos serviços fundamentais que outras áreas urbanas consideram garantidos. A carência por escolas de qualidade, instalações de saúde acessíveis, saneamento apropriado e força policial eficaz cria uma atmosfera onde a violência encontra solo fértil para crescer.
Diariamente nos deparamos com protestos e registros desesperados da população mais carente devido à ausência do Estado. Dentre os absurdos está a falta de água potável, como na Reserva Indígena de Dourados, ou da falta de segurança nos bairros de Campo Grande, que vive uma escalada de assaltos e assassinatos.
Esse povo está condenado a ter educação deficiente e, consequentemente, futuros limitados, visto que a falta de um ensino de qualidade cerceia as oportunidades futuras dessa população periférica. Sem escolas adequadas, as crianças e adolescentes são privados de desenvolver suas habilidades e adquirir conhecimento, deixando-os vulneráveis a influências negativas e ao ciclo da violência.
Com a falta de unidades de saúde próximas, essas pessoas enfrentam frequentemente desafios significativos. A negligência na prestação de serviços médicos adequados torna os indivíduos mais vulneráveis a doenças e lesões. Quanto mais tempo sem tratamento, mais caro é. Como se sabe, o tratamento de doenças crônicas, procedimentos de alta complexidade e medicamentos específicos são muito caros. Por isso, o oferecimento de serviço de saúde básica, com profissionais dedicados e estrutura de qualidade, é fundamental, até para as finanças.
Outra preocupação é a falta de saneamento adequado. A falta de infraestrutura de saneamento básico em comunidades periféricas é uma questão que merece atenção urgente. A carência de sistemas de esgoto apropriados, a coleta irregular de lixo e a falta de acesso à água potável proporcionam um ambiente insalubre que coloca em risco a saúde dos residentes. Com a falta de infraestrutura, a contaminação da água e o acúmulo de resíduos aumentam o risco de doenças transmitidas pela água, afetando de maneira desproporcional a qualidade de vida dos moradores dessas áreas.
O Brasil enfrenta um enorme desafio crítico, como uma epidemia silenciosa, ao lidar com a privação de serviços fundamentais que violam os direitos das comunidades periféricas. A conexão entre a falta de acesso a serviços essenciais, como saúde, educação, saneamento e segurança pública, e o ciclo da violência deve servir como um chamado à ação. Conforme consideramos soluções para esses problemas, é fundamental reconhecer que a melhoria nas condições de vida e o fortalecimento do tecido social nesses locais não são apenas obrigações morais, mas sim um investimento no bem-estar de toda a sociedade. Somente por meio de esforços coordenados e investimento pesado que priorizem o acesso igualitário a serviços básicos com o intuito de promover a inclusão social, poderemos esperar um futuro onde essas comunidades sejam lugares de prosperidade, segurança e oportunidade para todos.
Daguimar
Bom dia, enquanto deputados e senadores estão recebendo milhões, verdadeiros prostitutos, o povo padece.