Joventino (Irandhir Santos) e José Leôncio (Renato Góes), com os peões Anacleto (Romeu Benedicto), Quim (Chico Teixeira) e Tião (Fabio Neppo) estão na primeira fase da novela "Pantanal" — Foto: Globo/João Miguel Júnior
Trinta e dois anos após a exibição original, a novela "Pantanal" ganha um remake. A história que foi ao ar em 1990 na TV Manchete vai ocupar o horário das 9h na TV Globo e estreia nesta segunda-feira (28).
Baseada na novela original escrita por Benedito Ruy Barbosa, o remake de "Pantanal" é escrito por Bruno Luper. A novela é uma saga familiar que tem o amor como fio condutor e a natureza como protagonista.
No centro da trama está a história do velho Joventino (Irandhir Santos) e seu filho, José Leôncio (Renato Góes / Marcos Palmeira). A vida como peão de comitiva os levou para o Pantanal, onde Joventino aprendeu a lição mais importante de sua vida: que a natureza pode mais do que o homem.
Anos após o desaparecimento misterioso do pai, José Leôncio se apaixona e casa com Madeleine (Bruna Linzmeyer / Karine Teles). Os dois se mudam para o Pantanal onde nasce Jove (Jesuíta Barbosa).
Com saudade da vida urbana e da mordomia da mansão de seus pais no Rio de Janeiro, Madeleine tem problemas de adaptação e convivência e foge do Pantanal levando Jove, ainda bebê. O menino cresce longe das vistas do pai, que se viu incapaz de brigar pela guarda do filho e encontra em Tadeu um herdeiro, mais do que para as suas terras, para os valores e tradições de sua família.
Uma segunda fase da novela se passa vinte anos depois, no momento em que Jove, que sempre acreditou que o pai estava morto, vai atrás de José Leôncio ao descobrir que ele está vivo.
Apesar da alegria do reencontro, pai e filho são confrontados por um abismo de diferenças comportamentais e culturais, inaceitáveis aos olhos um do outro.
O ciúme de Tadeu e a chegada de um terceiro filho de Zé - José Lucas de Nada (Irandhir Santos) – completam a confusão familiar.
Juma Marruá (Alanis Guillen) é filha de Maria Marruá (Juliana Paes) e Gil (Enrique Diaz). Apesar de jovem, é uma mulher forte, que aprendeu com a mãe a se defender do "bicho homem", a espécie mais perigosa que pode vir a rondar o povoado onde mora.
Mas Juma abre a guarda ao conhecer Jove e uma linda paixão se inicia entre eles. Mas não demora muito para que as diferenças culturais e sociais do casal tornem a relação em muitos níveis complicada e bastante improvável.
A novela ainda traz o Velho do Rio (Osmar Prado), que é responsável por cuidar não só daquelas terras e dos animais que ali habitam, mas por zelar pelas relações interpessoais que se desenrolam por lá.
A música guiou a trama original e vai repetir o movimento no remake. Almir Sater, que esteve na versão escrita por Benedito, retorna e vive o chalaneiro Eugênio, que leva e traz as pessoas ao Pantanal e, por isso, passa por quase todos os núcleos.
Em um dos duetos especiais, Almir se une a Chico Teixeira (filho do parceiro de estrada de Almir, Renato Teixeira), que dará vida ao peão Quim na primeira fase da novela.
Já durante as famosas rodas de viola que marcaram a segunda fase da versão original, Eugênio participará ao lado de Tibério (Guito) e Trindade (Gabriel Sater).
Gabriel assume o papel que foi de seu pai, Almir, na versão original da novela.
Almir assume ainda a missão de assinar a trilha de abertura da novela junto com Maria Bethânia.
"Faço um solo de viola, participando como músico. Uma honra enorme. Eu gostei muito de gravar 'Pantanal' com Bethânia. Eu, Bethânia e 'Pantanal' temos uma relação antiga. Quando eu fiz a música 'Tocando em frente' para entrar como um dos temas da novela, 30 anos atrás, ela me ligou perguntando se eu tinha alguma música nova. Falei sobre essa e ela pediu que eu cantasse por telefone. Cantei e na mesma hora ela disse que a música era dela."
"E assim foi. Ela gravou bonito, foi um dos temas de 'Pantanal' naquela época. Agora participarmos juntos dessa regravação fechando nosso ciclo 'Pantanal'. Fiquei feliz, a gravação ficou muito bonita", recorda o músico.
A direção artística de "Pantanal" fica com Rogério Gomes, enquanto a direção está a cargo de Walter Carvalho, Davi Alves, Beta Richard e Noa Bressane. Luciana Monteiro e Andrea Kelly assume a produção, e a direção de gênero é de José Luiz Villamarim.