A vereadora Luiza Ribeiro (PT) anunciou durante a sessão desta quinta-feira (23), que vai apresentar um projeto de decreto legislativo para sustar o aumento de 6,83% na tarifa de água e esgoto em Campo Grande, aprovado pela prefeitura em janeiro deste ano.
No interior do Estado, a Sanesul entrega água potável nas residências por R$5,13 (até dez mil litros por mês). Em Campo Grande, o consumidor é obrigado a pagar R$6,90 por metro cúbico, diferença a maior de quase 35%.
A taxa de esgoto contada pela Águas Guariroba é 89% mais cara do que a cobrada pela Sanesul.
Se a comparação for com outras capitais, como São Paulo, Brasília, Curitiba, Salvador, Rio de Janeiro e Florianópolis, Campo Grande tem uma das contas de água e esgoto mais altas de todo o país, conforme dados divulgados pelo Sindágua.
“É ilegal. Verificamos que a tarifa de água e esgoto em Campo Grande praticadas pela Águas Guariroba é uma das mais caras do país e nada justifica ser muito mais cara comparando com cidades com custo operacional muito maior do que em Campo Grande.”, afirmou a vereadora.
A Vereadora informou que a prefeitura autorizou o aumento de 6,83% considerando o que consta do contrato de concessão. Contudo, tal reajuste contrariou o art. 6º da Lei Federal 8.987/1995 que exige que a prestação de serviço tenha como princípio, além da eficiência e continuidade, também a modicidade da tarifa.
A Águas Guariroba apresentou balanço anual que demonstrou ter um lucro líquido de R$286 milhões de reais em 2022, valor 26% maior do que no ano passado. A fatura de água e esgoto pesa muito no orçamento das famílias em Campo Grande, o que causa inclusive uma inadimplência com o pagamento mensal de mais de 20% das residências.