A cultivar de amora-preta BRS Karajá se destaca pelo porte ereto e pela ausência de espinhos nas hastes primárias e secundárias, o que facilita o manejo. O material foi obtido a partir da seleção Black 132, que, por sua vez, é resultado da hibridação entre as cultivares norte-americanas 'Brazos' e 'Arapaho'.
Suas frutas, de coloração preto-avermelhada, são de tamanho médio - massa média de 4,5 g por fruta - e formato ovalado, com sabor doce-ácido levemente amargo. O conteúdo de açúcar é considerado adequado (entre 8 e 10 °Brix). Até o momento, a BRS Karajá é considerada a melhor cultivar sem espinhos desenvolvida pelo Programa de Melhoramento Genético da Embrapa, apesar da acidez relativamente elevada.
A cultivar é bem adaptada às mesmas condições de cultivo da BRS Tupy e é recomendada para congelamento, processamento ou consumo fresco. Em Pelotas (RS), a floração ocorre entre a primeira quinzena de setembro e a segunda quinzena de outubro. A colheita começa poucos dias antes das cultivares BRS Tupy e BRS Xavante e aproximadamente 10 dias antes da BRS Cainguá. A produção média é de 1,4 kg por planta.
DESTAQUES
- Até 2024, é considerada a melhor cultivar sem espinhos desenvolvida pelo Programa de Melhoramento Genético da Embrapa.
- Combina eficiência produtiva com as vantagens da ausência de espinhos.
- Ausência de espinhos nas hastes primárias e secundárias facilita o manejo.
- Crescimento ereto.
- As frutas são recomendadas para congelamento, processamento ou consumo fresco.