Ao falar sobre a escassez internacional de contêineres, o presidente da Associação Brasileira dos Terminais Retroportuários e das Transportadoras de Contêineres (ABTTC), João Ataliba Neto, avaliou que o cenário se agravou a partir do primeiro trimestre de 2021.
“Em 2020, o Brasil seguiu como grande exportador do agro. Não tivemos nenhum problema nas rotas de navios graneleiros. Para os contêineres, tivemos até alguns contratempos, mas que foram superados. Mas, em 2021, com uma crise permanecendo, tufões na Ásia que atrapalharam a navegação e algumas reincidências de Covid na China, o cenário para contêineres foi alterado”.
“A partir de março de 2021, o frete subiu bastante, pois a escassez de navios em um determinado período criou a possibilidade de uma grande especulação sobre o frete e foi o que ocorreu”, ressalta Neto.
O presidente da ABTTC avalia quando o fluxo poderá se normalizar. “Nós temos falado com empresas de navegação e despachantes no Brasil e no exterior. Segundo as informações que nós compilamos, o cenário de escassez de contêineres não mudará até o primeiro trimestre de 2022”.