Campo Grande registrou uma inflação de 1,25% em setembro. É o quinto maior percentual entre as 15 capitais de estado e o Distrito Federal em que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mede o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
Em 2021, a capital sul-mato-grossense atingiu uma inflação de 7,67% e no acumulado de 12 meses de 11,25%. No Brasil, o IPCA foi de 1,16%. No ano, acumula uma alta de 6,90% e, em 12 meses, 10,25%.
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados em Campo Grande, sete tiveram alta em setembro. Habitação teve a maior variação (2,51%). O segundo lugar ficou com Artigos de Residência (1,96%). Em seguida vem Transportes, com alta de 1,57%. O grupo Alimentação e bebidas, por sua vez, acelerou, com aumento de 1,11%.
Entre as quedas, Educação com 0,04% e Comunicação, com 0,29%.
O grupo Habitação (2,51%) foi influenciado pelo aumento da energia elétrica (4,43%), que havia desacelerado no mês anterior (-2,19%). Em setembro, passou a valer a bandeira tarifária “escassez hídrica”, que acrescenta R$ 14,20 na conta de luz a cada 100 kWh consumidos.
“Essa bandeira foi acionada por conta da crise hídrica. A falta de chuvas tem prejudicado os reservatórios das usinas hidrelétricas, que são a principal fonte de energia elétrica no país. Com isso, foi necessário acionar as termelétricas, que têm um custo maior de geração de energia. Assim, a energia elétrica teve de longe o maior impacto individual no índice no mês, com 0,31 ponto percentual, acumulando alta de 28,82% em 12 meses”, explica o gerente do IPCA, Pedro Kislanov.
Já o grupo Transportes teve aumento de 1,57% (impacto de 0,35 ponto percentual), 16º aumento seguido depois da queda de maio de 2020. No mês de agosto o aumento registrado foi de 1,31%. O item combustíveis, seguindo o padrão dos meses anteriores, foi o responsável pelo maior impacto (0,158 ponto percentual). Dentre os subitens, a gasolina registrou o maior impacto (0,146 p.p.) com seu aumento de 1,69%.
No entanto, os maiores aumentos foram registrados nos subitens Passagem aérea (21,51%) e transporte por aplicativo (15,53%), gerando impactos de 0,03 ponto percentual cada um. Os combustíveis registraram aumento acumulado no ano de 29,48% e de 36,4% no período de 12 meses.