O Brasil exportou 2,8 milhões de sacas de café em agosto de 2022, um aumento de 10% contra julho, mas queda de 2,5% no comparativo anual. Apesar de gargalos logísticos um ritmo de vendas mais lento (de cafeicultores para exportadores), as exportações de grãos de café arábica aumentaram 1,4% no acumulado de 2022.
Por outro lado, o Brasil embarcou apenas 1 milhão de sacas de 60 quilos de grãos de robusta em 2022, queda de 62% no comparativo anual. Isso também é resultado do aumento do uso de cafés robustas pela indústria local em seus blends. A avaliação parte do relatório de setembro para o mercado de café brasileiro do Rabobank.
De acordo com o relatório, em setembro de 2022, a relação de troca no mercado spot (barter) chegou a 3,2 sacas de café por tonelada de fertilizantes, mesmo nível do ano passado, mas 1,9% na relação com agosto.
Apesar do aumento nos preços do café, o aumento dos preços da ureia fez com que não houvesse mais mudanças no barter em relação ao mês passado. Dadas as incertezas do mercado de gás natural, os preços da ureia devem permanecer voláteis.
Preços do café
Em agosto de 2022, os preços locais do café atingiram a média de R$ 1.302/saca de 60 quilos, uma queda de 1,3% no comparativo com julho, mas ainda 26% superiores contra agosto de 2021. Em setembro de 2022, os preços do café estão em média a R$ 1.317/saca.
Segundo o Rabobank, agosto foi um mês seco na maioria das regiões produtoras de café. As atividades de colheita estavam quase concluídas no final do mês, com o clima mais seco favorecendo o andamento da colheita e a qualidade do café.
Chuvas isoladas causaram florescimento precoce na região da Alta Mogiana (SP) e sul de Minas Gerais. Se houver tempo seco nas próximas semanas, pode ocorrer alguma perda de produtividade para a safra 2023/24. Rendimentos abaixo do esperado foram relatados na safra atual, especialmente na região do Cerrado Mineiro, finalizou o Rabobank.