Para marcar o Dia Nacional do Cerrado, comemorado hoje (11), um relato dos povos e comunidades tradicionais que vivem no Cerrado.
Muito se fala em preservar a flora e a fauna do Cerrado, mas pouco se fala dos povos e comunidades tradicionais que vivem desse bioma, que sobrevivem dos recursos naturais como indígenas, quilombolas, geraizeiros, ribeirinhos, babaçueiras e vazanteiros. Todos detêm conhecimento tradicional da biodiversidade e fazem parte do patrimônio histórico e cultural do Brasil.
O governo brasileiro, no entanto, ainda não tem o mapeamento dos povos tradicionais. Não se sabe ao certo, quantos são e onde vivem exatamente.
Em uma iniciativa inédita no país e com o apoio de diversas entidades governamentais e não governamentais, o Ministério Público Federal desenvolve, em parceria com o Conselho Nacional de Povos e Comunidades Tradicionais (CNPCT), uma plataforma digital para mapear e disponibilizar amplo acervo de dados georreferenciados de áreas ocupadas tradicionalmente por esses povos e comunidades.
O Cerrado gera renda para as comunidades tradicionais. Esses povos têm uma relação de pertencimento de seu território com suas raízes, com a família, modos de vida e sua identidade. O conhecimento popular sobre a biodiversidade do Cerrado é vivenciado no seu dia a dia dessas comunidades.
O agroextrativismo de produtos da flora, fauna, frutas, sementes, fibras, cascas e mel fortalece a economia dessas comunidades e contribuem para a segurança alimentar além de expressar a cultura e a identidade de cada povo.