O tereré, bebida tradicional do Mato Grosso do Sul e de outras regiões do Brasil e países vizinhos, é muito mais do que uma simples infusão de ervas com água gelada. Para muitos, ele representa um momento de socialização, tradição e cultura. No entanto, ao compartilhar a guampa e a bomba de tereré, surgem riscos para a transmissão de doenças, como a hepatite. Por isso, é fundamental adotar cuidados de higiene para prevenir esse tipo de contaminação.
A hepatite é uma inflamação do fígado que pode ser causada por vírus, uso de álcool, medicamentos ou outras condições. As hepatites virais A, B e C são as mais conhecidas, sendo as duas últimas transmitidas principalmente por contato com sangue ou fluidos corporais de pessoas infectadas. Embora seja menos comum, também pode haver transmissão através de contato com a saliva, especialmente em situações de compartilhamento de utensílios como a bomba de tereré, quando há feridas na boca ou gengivas inflamadas.
No ato de compartilhar a bomba de tereré, ocorre o contato direto da boca de diferentes pessoas com o mesmo objeto. Caso uma pessoa esteja infectada com o vírus da hepatite B ou C, a saliva pode conter pequenas quantidades de sangue invisíveis a olho nu, especialmente se houver lesões ou inflamações na cavidade bucal. Isso facilita a transmissão dos vírus para as demais pessoas que compartilham o utensílio.
Vale lembrar que, embora a hepatite A seja mais comumente transmitida por alimentos e água contaminada, o compartilhamento de utensílios também pode representar um risco se a higiene adequada não for realizada.
Para continuar aproveitando o tereré sem se expor aos riscos de transmissão de doenças, algumas práticas simples podem ser adotadas:
O tereré faz parte da cultura de muitas pessoas, e seu consumo costuma estar ligado a momentos de descontração e amizade. No entanto, é fundamental que a saúde seja priorizada em todas as situações. Informar amigos e familiares sobre os riscos e as formas de prevenção é essencial para que todos possam continuar desfrutando dessa tradição com segurança.
O compartilhamento de tereré, embora culturalmente enraizado, pode apresentar riscos à saúde, especialmente no que diz respeito à transmissão de hepatites virais. Para prevenir a doença, medidas simples, como a higienização correta dos utensílios, o uso individual da bomba e a vacinação contra hepatite B, podem fazer toda a diferença. Assim, é possível preservar tanto a tradição quanto a saúde de todos que apreciam essa bebida tão característica da região.