O Conselho de Secretários Municipais de Saúde de Mato Grosso do Sul (Cosems-MS) fez um pedido ambicioso ao Ministério da Saúde, no final dessa terça-feira (8). Os secretários enviaram um ofício pedindo que 1,8 milhão, das 3 milhões de doses da vacina Janssen sejam destinadas exclusivamente ao estado para uma vacinação em massa. O apelo não garante que a parcela dos imunizantes seja enviada ao Mato Grosso do Sul.
As doses da vacina produzida pela Johnson & Johnson devem ser enviados ao Brasil ainda na próxima semana e possuem validade até o dia 27 de junho, de acordo com o presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), Carlos Lula.
De acordo com o Cosems-MS, com o quantitativo de doses da Janssen enviadas ao Brasil e o recorte para Mato Grosso do Sul, o estado poderá imunizar toda a população, dentro do prazo de validade do farmacológico. Com isso, o Ministério da Saúde pode iniciar um estudo para observar os números de internações e mortes por Covid, após a vacinação em massa.
O pedido do conselho utiliza como argumentos para o destino da grande quantidade da vacina ao estado, a situação de colapso que os municípios vem enfrentando e o desempenho demostrado na imunização, visto que Mato Grosso do Sul está em 1º lugar na aplicação da primeira e segunda dose da vacina contra Covid.
No ofício enviado ao Ministério da Saúde, os secretários dizem que, caso recebeam as doses da Janssen, poderão "ter agilidade na distribuição e aplicação das vacinas". A ambição é de que as doses sejam distribuídas aos 79 municípios de Mato Grosso do Sul em apenas 12 horas e garante que, em até cinco dias, todas as 1,8 milhão de doses seriam aplicadas.
O presidente do Cosems-MS, Rogério Leite, disse que a questão da logística e o destaque de Mato Grosso do Sul no cenário nacional da imunização contra Covid, foram importantes fatores para elaboração do ofício.
"Visto a data de vencimento, colocamos Mato Grosso do Sul à disposição do Ministério da Saúde. Estamos em uma época com grande incidência da Covid. O estudo experimental seria feito no estado para servir de exemplo ao Brasil", detalhou Rogério.
Rogério disse que há uma análise técnica do ofício está sendo feita pelo Ministério da Saúde e pelo Conass, que verá a condição de disponibilizar as doses. "Acredito que as respostas sejam breves, para Mato Grosso do Sul", finalizou.