Campo Grande é a terceira capital brasileira com o maior número de atendimentos psicossociais em relação ao tamanho da população no país. A cidade fica atrás apenas de Porto Alegre e Curitiba, e realizou mais de 56 mil atendimentos somente nos seis primeiros meses do ano.
O levantamento é feito consultando a base de dados do Ministério da Saúde, que leva em consideração o número estimado de moradores nas cidades no ano de 2020 e o total de atendimentos registrados entre janeiro e junho deste ano. Campo Grande está na frente de cidades com uma população muito maior, como é o caso de Recife, a quarta colocada no ranking.
Mesmo com a redução das agendas nos atendimentos ambulatoriais devido à pandemia do novo coronavírus, realizando cerca de 60% da capacidade total das unidades do município, foram 56.347 procedimentos psicossociais, uma média de 62,2 atendimentos para cada mil habitantes.
Em Campo Grande, os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) oferecem acolhimento 24 horas a pacientes com transtornos psíquicos e sem a necessidade de agendamento antecipado. Ao todo são seis centros e cada um conta com uma equipe multidisciplinar de profissionais composta por terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas, assistentes sociais, enfermeiros, técnicos de enfermagem, médicos, psicólogos e psiquiatras, que devem avaliar o paciente e encaminhar ao tratamento mais adequado de acordo com o diagnóstico.
No Centro Especializado Municipal (CEM) funciona o Ambulatório de Saúde Mental que tem o agendamento feito através do sistema de regulação da prefeitura, e funciona para pacientes que fizeram tratamento nos CAPS e que precisam continuar o acompanhamento. A unidade conta com acolhimento e avaliação feita por profissionais capacitados a fim de encaminhar o paciente ao tratamento adequado.
“Esses são resultados dos investimentos feitos no atendimento à saúde mental no município. O CAPS AD passou a contar com 20 leitos de acolhimento, há dois anos houve a habilitação do ambulatório de saúde mental e recentemente foram implantadas mais duas residências terapêuticas”, explica o secretário municipal de saúde, José Mauro Filho.