Na área da oncologia, o câncer de mama é apontado como um problema de saúde pública, considerado o tipo mais frequente entre as mulheres. Estima-se que em 2020 a incidência foi de 2,3 milhões casos no mundo inteiro. O diagnóstico precoce e o tratamento eficaz contribuem substancialmente para o aumento da sobrevida do paciente e redução da mortalidade. Essa é a razão da existência da Lei 4.541, que instituiu o mês Outubro Rosa, dedicado a ações preventivas à integridade da saúde da mulher no Estado de Mato Grosso do Sul.
Deputado Zé Teixeira: "Neste ano, mais do que nunca,precisamos disseminar o alerta"
“Infelizmente, além dos efeitos prejudiciais da pandemia, é necessário destacar que, na tentativa de conter a disseminação da Covid-19, as atividades clínicas foram reduzidas. E isso, juntamente com o isolamento social, pode trazer como consequência no futuro, um menor índice de diagnóstico de cânceres em estágios iniciais. Neste ano, mais do que nunca, precisamos massificar o Outubro Rosa e disseminar o alerta para a realização dos exames preventivos.”, afirmou o 1º secretário da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALEMS) e um dos autores da Lei 4.541, deputado Zé Teixeira (DEM). Além dele, assinam o texto a deputada Mara Caseiro (PSDB) e a ex-deputada Dione Hashioka.
Durante a pandemia, uns dos maiores desafios tem sido a barreira de acesso aos serviços de saúde necessários e a incapacidade de ser feito o diagnóstico de casos suspeitos de câncer, impactando o tratamento em tempo hábil. Garantir o início e a continuidade do tratamento de câncer é vital para melhores prognósticos e devem ser consideradas prioridades. Conforme o Instituto Nacional do Câncer (Inca), durante a pandemia houve redução de 49% nos exames realizados. Esse assunto foi abordado no programa Mulheres em Debate, da TV ALEMS.
Ainda conforme o Inca, no Brasil o câncer de mama é a primeira causa de morte por neoplasia em mulheres. Em 2021, se estima que ocorrerão 66.280 casos novos da doença, o que equivale a uma taxa de incidência de 43,74 casos por 100.000 mulheres. A ocorrência do câncer de mama tende a crescer progressivamente a partir dos 40 anos, assim como a mortalidade por essa neoplasia.
Frente a esse cenário, as ações de conscientização vêm sendo incorporadas por várias instituições. A ALEMS também apoia a campanha realizada pela União Nacional dos Legisladores e Legislativos (Unale), com informações de orientação à população. No programa Vida Saudável, da Rádio ALEMS, o médico oncologista Gustavo Medeiros, diretor-geral do Hospital de Câncer de Campo Grande, explica que os sintomas do câncer de mama são inchaço, nódulo endurecido, dor, vermelhidão, secreção pelos mamilos e linfonodos aumentados.
Prevenir é sempre melhor
Diversos fatores estão relacionados ao desenvolvimento da doença, como o envelhecimento, histórico familiar de câncer de mama, consumo de álcool, excesso de peso, atividade física insuficiente, exposição à radiação ionizante e determinantes relacionados à vida reprodutiva da mulher.
A prevenção primária evita o aparecimento da doença. Nesse caso, a alimentação saudável, praticar exercício físico, evitar bebidas alcoólicas e tabagismo são estratégias de prevenção. A amamentação também funciona como fator protetor. Já a prevenção secundária, é o diagnóstico precoce da doença em fases com maior possibilidade de cura. Esse tipo de prevenção é garantida com a realização da mamografia e do exame clínico das mamas.