Nas eleições de 2024, o PSDB conquistou 44 prefeituras nos 79 municípios de Mato Grosso do Sul e ainda pode adicionar mais uma em São Gabriel do Oeste, onde a disputa está sub judice. O estado se consolidou como um bastião tucano, refletindo uma continuidade do conservadorismo moderado.
No mapa eleitoral do estado, partidos de direita destacaram-se nas eleições. O PP elegeu 15 prefeitos, seguido pelo MDB com 10, PL com 5, PSB com 2 e PSD com 1. O PT, que tinha apenas João Alfredo Danieze, não conseguiu reeleger nenhum prefeito, perdendo a única prefeitura para Roberson, do PSDB.
O protagonismo do PSDB se mantém mesmo diante do crescimento do movimento bolsonarista no cenário nacional, que não obteve o mesmo sucesso em Mato Grosso do Sul. A direita moderada conseguiu isolar a extrema direita eleitoralmente, muito desse resultado deve-se à liderança de Reinaldo Azambuja, considerado um grande articulador político.
O PSDB apresentou crescimento no estado, ao contrário da tendência nacional do partido, que enfrenta um declínio. O partido se destacou em colégios eleitorais importantes, como Três Lagoas e Dourados, embora tenha enfrentado derrota em Campo Grande, que não avançou para o segundo turno.
A derrota de Beto Pereira gerou discussões sobre o contexto eleitoral. O partido havia formado amplas alianças e contava com recursos significativos, além de ser uma figura experiente e bem votada em 2022. A expectativa é que o eleitor de Beto possa ter optado por dar uma nova chance à prefeita Adriane Lopes na reta final da campanha.
Apesar da derrota na capital, as vitórias em outras partes do estado ainda trazem um saldo positivo para o partido. Há também a possibilidade de apoio na campanha de Adriane Lopes no segundo turno, o que pode fortalecer a posição do PSDB em Campo Grande, dependendo das alianças formadas.
A tendência da direita moderada se manteve em nível nacional, com os partidos que mais elegeram prefeitos sendo aqueles que, embora alinhados à direita, buscam diálogo com diferentes espectros políticos.