Gildete Pereira de Lima, candidata a vereadora pelo MDB em Miranda (MS), protocolou uma investigação judicial eleitoral contra o partido Podemos, alegando fraude em candidaturas femininas nas eleições municipais. A denúncia baseia-se em duas supostas "candidaturas laranja" utilizadas pelo Podemos para cumprir o mínimo de 30% de candidaturas do sexo feminino, conforme exige a legislação eleitoral.
Gildete aponta que essas duas candidatas obtiveram votações insignificantes (apenas 3 e 4 votos) e não realizaram campanhas efetivas, incluindo a ausência de atividades nas redes sociais. Uma das candidatas também teria se filiado ao partido próximo ao prazo final, sugerindo falta de compromisso genuíno com a disputa.
Com base nesses fatos, Gildete solicita à Justiça Eleitoral que reconheça a fraude, recontando o quociente eleitoral sem os votos do Podemos, o que resultaria em uma reconfiguração do número de cadeiras, possibilitando ao MDB a conquista de duas vagas na Câmara de Miranda.
Esse tipo de situação pode ser classificado como "candidatura laranja" pelo TSE, caracterizada pela participação de candidatas sem interesse real em concorrer, apenas para atender formalmente ao percentual de gênero exigido.