Servidor de Câmara de Vereadores é preso com material de pornografia infantil em MS

Durante a Operação Sentinela, conduzida por equipes da Delegacia Especializada na Proteção de Crianças e Adolescentes (Depca), na capital, três suspeitos foram detidos por posse e compartilhamento de conteúdo de pornografia infantil, em um esforço para reprimir esse crime no meio virtual.

A ação resultou no cumprimento de três mandados de busca e apreensão, revelando a identificação de um trio envolvido no armazenamento e compartilhamento de material pornográfico envolvendo crianças e adolescentes.

De acordo com informações do Dourados News, o primeiro indivíduo identificado foi J.N., de 51 anos, morador da Vila Rosa e ocupante de um cargo comissionado na Câmara Municipal de Campo Grande. Durante a operação, foi constatado que ele possuía mais de 50 arquivos de imagens de pornografia infantil em seu poder. J.N. foi preso em flagrante e trata-se de um reincidente nesse tipo de crime praticado no meio virtual, tendo sido detido pela Polícia Federal há 45 dias.

Outro suspeito preso foi M.H.C., de 28 anos, auxiliar de logística e morador do Jardim Nhanha. A polícia identificou que ele compartilhava registros de pornografia ou atos sexuais explícitos envolvendo crianças de 3 a 10 anos de idade. Durante a operação, foram encontrados mais de 30 vídeos que retratavam crianças sendo abusadas sexualmente, além de outros arquivos de mídia e histórico de buscas com imagens desse gênero.

Além disso, um adolescente de 16 anos também foi identificado pela polícia como envolvido no crime, sendo encontrado em sua posse 85 arquivos de mídia contendo fotos e vídeos de crianças sofrendo abusos sexuais. O adolescente responderá por ato infracional, conforme o artigo 241-B do Estatuto da Criança e do Adolescente. Após os procedimentos realizados na DEPCA, ele foi encaminhado à Delegacia Especializada de Atendimento à Infância e Juventude (DEAIJ) para prestar seu depoimento.

Os dois adultos serão responsabilizados pelo crime previsto no artigo 241-B do Estatuto da Criança e do Adolescente. Conforme a legislação, a pena de reclusão varia de um a quatro anos, além da aplicação de multa.

No total, foram apreendidos três aparelhos celulares e dois notebooks, que passarão por perícia.

A Polícia Civil, por meio da Depca, continua empenhada no combate à exploração sexual infantojuvenil, incluindo o meio cibernético, em todo o estado de Mato Grosso do Sul. A operação contou com o efetivo completo da Depca e o apoio de dois técnicos de informática do Sistema Integrado de Segurança Pública (SISP).