Enfermeiros da equipe responsável pelos cuidados de Diego Maradona contaram ao jornal argentino Clarín como foram os últimos momentos do ídolo. Um, que preferiu não se identificar ao jornal, disse que quando saiu, às 6h30, constatou que Maradona ainda estava com vida. Outra profissional que substituiu o enfermeiro disse que ouviu barulhos vindos do quarto de Maradona por volta das 7h30, indicando que o ex-jogador estava vivo e se movimentando. A autópsia identificou que Maradona morreu por volta do meio-dia, pouco antes de seu psicólogo, Carlos Díaz, e de sua psiquiatra, Agustina Cosachov, chegarem à casa dele e constarem que ele não os respondia, segundo o Clarín. De acordo com os registros telefônicos apurados pelo jornal argentino, às 12h17, o assistente Maxi Pomargo chamou uma ambulância para resgatar Maradona. Filmagens do entorno da residência indicam que o socorro chegou às 12h28, 11 minutos após a ligação. Essa informação contradiz o advogado de Maradona que afirmou que houve uma demora de "mais de meia hora" entre a ligação e a chegada do socorro. Poucos minutos depois, outros veículos chegaram ao local. Outros registros telefônicos também indicam que o serviço público de emergência também foi acionado, às 12h16, por outro funcionário de Maradona.
Exame toxicológico
As amostras de sangue extraídas de Maradona estão sendo analisadas por peritos da polícia científica argentina e passarão por testes toxicológicos. A ideia é identificar se o craque ingeriu álcool junto de remédios ou alguma outra substância. A autopsia também apontou que a causa da morte foi um edema agudo no pulmão secundário a uma insuficiência cardíaca crônica aguda. Também foi descoberta uma cardiomiopatia dilatada no jogador. Diego Maradona morreu na quarta-feira, 25, após sofrer uma parada cardiorrespiratória em sua casa, em Tigre, na Argentina. O ex-jogador estava com 60 anos e se recuperava de uma cirurgia.