A transferência de Bruno Henrique para o Al-Ittihad, da Arábia Saudita, vai servir como um alento para o Palmeiras, que em 2020 prevê R$ 200 milhões a menos de receitas em virtude da pandemia do novo coronavírus. Os aproximadamente R$ 27 milhões vão servir para abater parte da dívida do clube com a patrocinadora Crefisa.
Esse direcionamento faz parte do acordo ainda da compra de Bruno Henrique. Em 2017, a patrocinadora pagou o valor de R$ 13 milhões para o Palermo, da Itália. O exigido no aditivo do contrato diz que o Palmeiras deve devolver 100% do gasto pela patrocinadora na compra, mais os juros acumulados desde a época.
Ao todo, o Palmeiras terminou 2019 devendo R$ 172 milhões para a Crefisa. Entretanto, as vendas de Bruno Henrique e, principalmente, Dudu (ainda está emprestado), abatem parte do débito com empresa do casal de conselheiros Leila Pereira e José Roberto Lamacchia.
No caso específico de Bruno Henrique, o Palmeiras ainda vai obter lucro diante da operação. Dos R$ 27 milhões recebidos pela ida do volante para o time da Arábia Saudita, a Crefisa terá um pouco acima dos R$ 13 milhões, em virtude dos juros calculados com base em CDIs (Certificados de Depósito Interbancário).
Os números positivos no campo financeiro também se estendem à folha salarial. Bruno Henrique, dono de um contrato até o ano de 2023, possuía um dos maiores salários do elenco, já que fora valorizado em 2019 diante de uma proposta do futebol chinês que quase o tirou da Academia de Futebol.
Quando renovou o compromisso com o Palmeiras, Bruno Henrique era peça fundamental do elenco. Em 2018, o volante foi capitão e teve papel importante na conquista do título da Série A do Campeonato Brasileiro.
Entretanto, depois do troféu, o volante conviveu com uma enorme pressão de torcedores, até sofrendo no âmbito pessoal. O jogador acabou sendo alvo de críticas após um ano sem títulos da equipe alviverde.