Engajados na promoção de inclusão e no combate ao racismo na Fórmula 1, a Mercedes e o heptacampeão Lewis Hamilton deram mais um passo no objetivo de trazer mais diversidade para o esporte. A equipe deu início ao projeto Ignite, enquanto o piloto anunciou o lançamento da instituição Mission 44, iniciativas que pretendem trabalhar para a capacitação de pessoas negras e racializadas em cargos científicos e tecnológicos no esporte a motor.
- Experimentei em primeira mão como vir de uma origem pouco representada pode afetar seu futuro, mas felizmente consegui superar essas dificuldades por meio de oportunidades e apoio. Quero garantir que outros jovens de origens semelhantes sejam capazes de fazer o mesmo - disse o piloto da Mercedes.
Os dois projetos foram desenvolvidos de forma individual por piloto e equipe, porém, trabalharão em conjunto dentro do programa Accelerate 25, criado pela Mercedes para aumentar, até 2025, a taxa de funcionários racializados de 3% para 25%. Para o financiamento das iniciativas, a equipe e o piloto criaramm um fundo de investimento inicial de 20 milhões de libras, ou R$ 142 milhões de reais.
O projeto Ignite atuará no desenvolvimento de programas educacionais, oportunidades de ensino e trabalho e suporte financeiro para estudantes e pessoas negras ou de minorias raciais que desejam trabalhar no automobilismo.
As políticas da iniciativa foram baseadas nas conclusões da Comissão Hamilton, criada pelo piloto e a Academia Real de Engenharia Britânica para investigar as causas e propor soluções para a falta de representatividade negra no esporte, cujos resultados foram divulgados neste mês.
- Estamos empenhados em causar um impacto positivo na sociedade e construir uma plataforma a partir da qual as gerações futuras possam acessar e desfrutar nosso esporte fantástico. Esperamos ver muito mais talentos de grupos sub-representados se juntarem à nossa equipe e na indústria do automobilismo em geral - comemorou Toto Wolff, chefe da Mercedes.
O estudo feito pela Comissão Hamilton revelou que menos de 1% de pessoas negras estão presentes no automobilismo e apontou desigualdades desde o processo de recrutamento aos primeiros anos da vida escolar de negros e brancos.