Começou a funcionar na Câmara dos Deputados a CPI da Manipulação no Futebol. A instalação ocorreu depois dos desdobramentos da Operação Penalidade Máxima, conduzida pelo Ministério Público de Goiás, que investiga suspeita de manipulação em jogos de futebol.
A Comissão Parlamentar de Inquérito é composta por 34 titulares e 34 suplentes. Nessa lista, estão nomes como Maurício do Vôlei (PL/MG), ex-jogador da seleção brasileira, e Eduardo Bandeira de Mello (PSB/RJ), presidente do Flamengo entre 2013 e 2018.
O relator da CPI será o deputado Felipe Carreras (PSB/PE), autor do requerimento para a abertura da comissão, que será presidida pelo deputado Júlio Arcoverde (PP/PI). André Figueiredo (PDT/CE), Daniel Agrobom (PL/GO) e Ricardo Silva (PSD/SP) foram eleitos vice-presidentes.
" A gente está lidando com o maior escândalo da história do futebol brasileiro. Toda credibilidade do futebol está em cheque. A gente não sabe se um cartão vermelho ou amarelo, um lateral ou escanteio ou um pênalti era pra ter acontecido ou se não foi forjado, comprado e manipulado", disse Felipe Carreras.
Os trabalhos terão duração de 120 dias. Ao término desse período, é elaborado relatório com as conclusões da CPI ao Ministério Público ou à Advocacia-Geral da União, a fim de que promovam a responsabilidade civil e criminal dos infratores ou adotem outras medidas legais.
A próxima reunião da CPI será no dia 23 de maio, para a apresentação do plano de trabalho e aprovação dos primeiros requerimentos.
"Vamos ouvir esses que já foram indiciados, inclusive gente que já está presa, jogadores afastados. Acho que dirigentes de clubes, casas de apostas também devem ser ouvidos. A gente precisa entender também como isso já aconteceu no exterior, no próprio campeonato italiano. Então, a CBF, que no final de contas é a entidade máxima do futebol brasileiro, vamos ter que ouvir também. Ou seja, ter que apresentar com riqueza de detalhes, todo o rito, tudo que vai acontecer nos próximos 120 dias", explicou Carreras.
Titulares
Suplentes