Desde o início da pandemia, os jovens e suas famílias têm recebido acompanhamento das profissionais do clube
O racismo vem sendo tema de debate na base do Corinthians durante a pausa dos campeonatos por conta da pandemia do novo coronavírus.
Com um trabalho desenvolvido pela psicóloga e pelas assistentes sociais do Núcleo Educacional Social Psicológico (Nesp) do departamento de formação, atletas das categorias sub-14, sub-15, sub-16 e sub-17 escolheram essa temática social para discussões que ocorrem via aplicativo de conversas.
Os encontros semanais abordam casos ocorridos no passado e presente. Além disso, valoriza a trajetória de grandes ídolos negros do futebol, dentro e fora do Corinthians.
Desde o início da pandemia, os jovens e suas famílias têm recebido acompanhamento das profissionais do clube. Segundo a psicóloga Dominique Azevedo, o clube avalia o impacto dos encontros virtuais como positivo e deve promover debates sobre outros temas nas próximas semanas.
Também fazem parte do projeto as assistentes sociais Rebeca Peridis e Regiane Ferreira.
O meio-campista Gustavo Bertulino, de 14 anos, é prova de que o conteúdo tem sido bem aplicado.
O jovem publicou recentemente em suas redes sociais uma foto em que fazia pesquisa no livro "Pequeno Manual Antirracista", da filósofa brasileira Djamila Ribeiro. Em sua mensagem, reproduziu fala da ativista norte-americana Angela Davis: "Não basta não ser racista, é preciso ser antirracista".
A postagem ganhou repercussão. Dias depois, ele ganhou mensagem do ex-atacante Casagrande, comentarista da Globo, um dos pilares da Democracia Corinthiana. O menino repostou em suas redes sociais:
– Fala garoto, tudo bem? Gostaria de lhe parabenizar pela sua postura em querer estudar e por se preocupar com preconceito racial! Parabéns e boa sorte na carreira – escreveu Casão.