A direção do SIMTED (Sindicato Municipal dos Trabalhadores em Educação de Dourados-MS) esteve no Centro Administrativo Municipal, na manhã desta quarta-feira (12), tentando uma agenda com o prefeito Alan Guedes. O sindicato vê com muita preocupação a movimentação do governo municipal para o retorno às aulas presenciais na cidade, o que colocará trabalhadores(as), alunos(as) e milhares de famílias em risco diante da pandemia do novo coronavírus.
A Prefeitura de Dourados apresentou, na segunda-feira (10), o Projeto de Lei 10/2021 na Câmara Municipal. A proposta quer tornar a educação atividade essencial no município. O executivo também anunciou o retorno às aulas presenciais na educação infantil e gradativamente nas outras etapas do ensino. Já nesta terça-feira (11), o prefeito decretou o "Retorno ao trabalho presencial dos servidores vacinados para Covid-19".
O SIMTED alerta toda a população douradense de que essa volta imediata está equivocada e ameaça à saúde pública e o combate à pandemia. A prefeitura está se baseando somente na aplicação da primeira dose da vacina para profissionais da educação. Vale ressaltar que a campanha de vacinação contra a Covid-19 em trabalhadores(as) da educação teve início somente há poucos dias e que especialistas, entidades científicas e o próprio Ministério da Saúde ressaltam que a vacina só tem eficácia efetiva e completa após semanas da aplicação da segunda dose. E, em Dourados, os(as) primeiros(as) educadores(as) vacinados(as) têm previsão de serem imunizados com a segunda dose somente no mês de agosto.
O sindicato também tenta um diálogo ampliado com o prefeito e a Comissão de Educação da Câmara Municipal de Dourados, buscando que o projeto de lei que torna a educação serviço essencial e o decreto que põe fim ao teletrabalho aos profissionais imunizados somente com uma dose da vacina sejam revistos e retirados de pauta.
O SIMTED Dourados e toda a categoria mantêm a agenda de luta com a bandeira da imunização completa de todos(as) os profissionais da educação com as duas doses da vacina. Essa é a única forma de ter um retorno às unidades de ensino e às salas de aula de forma segura, protegendo trabalhadores(as), estudantes e as famílias. O sindicato ainda protesta contra a falta de diálogo da administração municipal com a categoria, planejando a reabertura sem debate com os(as) educadores(as).