No início do ano diversas instituições públicas e privadas iniciaram um amplo mapeamento em Dourados, que levantou e analisou os ambientes de inovação, Institutos e Centros Tecnológicos e de Inovação – ICTI, as políticas públicas, o capital de investimentos em inovação e também governança para criar o projeto Ecossistema de Inovação do município, que será lançado nesta quinta-feira, 3.
Além da UNIGRAN e da aceleradora Inova UNIGRAN, também integram o projeto outras universidades públicas e privadas, empresas, Associação Comercial e Empresarial de Dourados – ACED, profissionais liberais, incubadoras, o Sistema S, a Embrapa, Sicredi, entre outras.
O lançamento será on-line, no canal do YouTube disponível no link que cada participante recebe ao se inscrever, com a palestra exclusiva do cientista, professor e empreendedor Silvio Meira e ainda, a presença de autoridades e representantes das instituições. A inscrição é feita no link: eventos.unigran.br/ecossistema-inovacao.
O município de Dourados não possuía um mapa sobre o seu ecossistema de inovação, ambiente onde diversos atores públicos e privados e instituições voltadas à inovação atuam de forma conjunta e interdependente, para potencializar a competitividade local. Por isso, no ano passado iniciou a elaboração do plano de trabalho com as ações para desenvolver o ecossistema de inovação local.
Após o mapeamento do ecossistema de inovação, foi estruturado o planejamento com as ações, a partir de uma metodologia criada pelo Sebrae Paraná, em parceria com a Fundação CERTI, de Santa Catarina.
O relatório elaborado será apresentado no lançamento do projeto, que traz os resultados do planejamento do ecossistema de inovação de Dourados, considerando as vocações, potenciais, tendências, oportunidades, atores, vertentes do radar de inovação, pontos fortes e fracos, nível de maturidade, estratégias prioritárias e ainda um plano de ação para os próximos cinco anos.
Entre os objetivos do planejamento estratégico estão: o fortalecimento do ambiente de inovação; fomentar maior integração entre os atores com suas agendas de eventos; criar uma comissão para gerir e acompanhar todas as ações de inovação; gerar mais empregabilidade e serviços a partir da inovação para todos os setores produtivos locais; dar visibilidade à inovação e captar novos investidores; e contribuir no fortalecimento e também ampliar as políticas públicas de incentivo para empresas que investem em inovação.
Fabiano Nagamatsu, diretor de inovação da UNIGRAN, falou da importância do Ecossistema para a cidade e também sobre o papel da instituição no projeto. “No mapeamento, a UNIGRAN foi reconhecida como uma das referências locais na área da Educação, por possuir o maior número de cursos que trabalham a inovação e o empreendedorismo, por isso, somos um alicerce importante no projeto. Considerando que a Inova UNIGRAN é a única aceleradora de Mato Grosso do Sul, temos um papel imprescindível no Ecossistema e na execução do planejamento, pois temos a base e a prática da inovação tecnológica, principalmente com o lançamento de startups. Diante disso, a nossa expectativa é muito grande”, apontou.
“Todos serão beneficiados pelo projeto. Certamente entre os resultados teremos maior empregabilidade, tanto para os recém-formados quanto para quem perdeu o emprego nesta pandemia, o crescimento das empresas, seja no faturamento ou na entrega de proposta de valor com maior qualidade para o consumidor final, entre outros. É importante também, esclarecermos que a inovação não é somente a venda on-line, há diversos graus de inovação, que vão desde ações simples ou complexas que conseguem melhorar os processos de marketing, produção, organização ou no próprio produto ou serviço”, concluiu Nagamatsu.
Sobre o palestrante
Silvio Meira é um dos nomes mais importantes do País quando o assunto é inovação e empreendedorismo. Ele é PhD em computação pela University of Kent at Canterbury (Inglaterra) e professor associado da escola de Direito da FGV do Rio de Janeiro na cadeira de Inovação e Empreendedorismo. Foi, por 12 anos, cientista-chefe do C.E.S.A.R (Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife), que ajudou a criar, além de ter criado e coordenado o programa de doutoramento de ciência da computação da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).
Membro dos conselhos da Magalu, MRV, CI&T e Capes, é também um dos fundadores do Porto Digital, que transformou o centro histórico do Recife, que enfrentava uma decadência de drogas e prostituição, num parque tecnológico em que empresas locais são vizinhas de multinacionais como IBM, Microsoft, Motorola e Samsung. Atualmente, o cientista se dedica à Agência Recife para Inovação e Estratégia - ARIES, desenvolvida por ele com incentivo da prefeitura de Recife, que tem como objetivo pensar a cidade a longo prazo.
Em 2007 foi eleito pela revista Época como um dos 100 brasileiros mais influentes do país e em 2011 foi escolhido pelo O Globo como a personalidade do ano na economia brasileira. Ele é autor do livro “Novos Negócios Inovadores de Crescimento Empreendedor no Brasil”, publicado pela Casa da Palavra.