Uma proprietária de creche em Naviraí, cidade localizada a 359 quilômetros de Campo Grande, foi presa na terça-feira (11) sob acusações de tortura e administração de substâncias entorpecentes em bebês. Essa não é a primeira vez que a mulher é detida por crimes de violência, pois em 2019 ela foi presa por torturar sua própria avó, que era cadeirante. A dona da creche foi encaminhada a um presídio em Mato Grosso do Sul, enquanto uma funcionária que também foi presa foi liberada mediante pagamento de fiança no valor de R$ 1.320.
Em 2019, a mulher foi presa após denúncias de maus-tratos contra sua avó, que era cadeirante e tinha uma perna amputada. Quando a polícia chegou à residência, a idosa clamava por socorro, declarando que não suportava mais tanto sofrimento. A dona da creche, que estava presente no local, alegou que a avó sofria de problemas mentais. No entanto, a idosa começou a chorar compulsivamente, suplicando para ser retirada dali. Na ocasião, a idosa relatou aos policiais que sofria agressões físicas, ameaças, tortura psicológica, além da privação de alimentos e cuidados higiênicos essenciais à sua condição de cadeirante e amputada.
Durante a intervenção policial, foi constatado que a idosa apresentava ferimentos resultantes de chutes desferidos pela neta em suas costas. Além disso, ela estava com um forte odor corporal, pois não tomava banho e não tinha suas fraldas geriátricas trocadas regularmente. A vítima já havia sido ameaçada anteriormente com uma bengala e um martelo.
Segundo relatos dos policiais presentes no local, a mulher teria proferido ofensas e afirmado que a idosa não permaneceria mais em sua residência, ordenando que ela fosse colocada para fora. Essas declarações levaram à sua prisão e posterior condução à delegacia.
O caso atual, envolvendo a tortura e o uso de substâncias entorpecentes em bebês na creche, traz à tona a preocupante reincidência da proprietária em atos de violência. As autoridades estão investigando minuciosamente as denúncias e trabalhando para garantir a segurança e o bem-estar das crianças envolvidas. A comunidade local se encontra consternada e aguarda que a justiça seja feita diante desses atos de crueldade.