Após rodadas de negociação com a prefeita Adriane Lopes (PATRI), os professores da Rede Municipal de Ensino de Campo Grande decidiram, em assembleia geral extraordinária, pelo início de greve nesta sexta-feira (2) até o dia 9 de dezembro.
A decisão foi tomada devido à negativa da prefeitura de Campo Grande em reajustar o salário em 10,39%, segundo o Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação Pública (ACP).
Durante reunião nesta terça-feira (29), o município propôs o pagamento de 4,7% no salário de dezembro, segundo o cronograma que inclui todos os outros servidores da prefeitura. Além disso, a administração ofereceu um auxílio alimentação de R$ 400 para os professores com jornada de 40h semanais, e proporcionalmente, R$ 200 para os profissionais com jornada de 20h. No entanto a categoria rejeitou a proposta.
Na Capital, a rede municipal de ensino conta com 108 mil alunos. Na última sexta-feira, as aulas estiveram paralisadas na rede municipal. E no dia 25 de novembro os professores fizeram um protesto na frente da prefeitura de Campo Grande para pedir que o acordo de reajuste salarial feito com o antigo prefeito, Marquinhos Trad (PSD), fosse cumprido. Na época, foi restabelecido a política salarial do piso de 20 horas de forma escalonada até 2024.
Segundo a ACP, a correção está prevista em lei municipal e seria aplicada de forma escalonada, 5,03% em abril (já cumprido), 10,39% em novembro e 4,78% em dezembro.
Em nota a Prefeitura de Campo Grande disse que a mesma lei que dá o aumento à categoria, impede que ele seja concedido neste momento. E que, nos últimos meses, vem promovendo ajustes e mudanças na gestão para se adequar à lei e poder atender o pleito justo dos professores.