O presidente da Comissão de Relações Exteriores (CRE), senador Nelsinho Trad (PSD-MS), afirmou nesta segunda-feira (24) que o projeto da Rota Bioceânica será prioridade para impulsionar o desenvolvimento econômico da América do Sul após a pandemia de covid-19.
O senador participou de seminário virtual promovido pelo Parlamento do Mercosul (Parlasul) para discutir o andamento do projeto, que remonta aos anos 1990. A Rota Bioceânica (oficialmente chamada Rota de Integração Latino-Americana) será um corredor logístico entre portos brasileiros no Atlântico e chilenos no Pacífico, passando também por portos fluviais na Argentina, no Paraguai e no Brasil.
"É importante ressaltar a comunhão de esforços de todos no sentido de tornar esse projeto realidade tão logo quanto possível. A retomada do desenvolvimento econômico implica, necessariamente, novas alternativas para que o povo possa ter geração de emprego e renda", disse Nelsinho após o seminário.
O traçado planejado para a Rota Bioceânica vai de Santos (SP) a Antofagasta (Chile), com a previsão de inclusão de outros três portos chilenos. No Brasil, a rota passa também por Porto Murtinho (MS), cidade fronteiriça às margens do Rio Paraguai, com acesso fluvial até a bacia do Rio da Prata.
A expectativa, segundo o senador, é que o acesso ao Oceano Pacífico reduza custos na exportação de produtos brasileiros para a América do Norte e a Ásia, principalmente. Além disso, o projeto pode proporcionar intercâmbio turístico, cultural e acadêmico entre os países envolvidos.
Nelsinho destacou que entre os principais interessados no projeto estão os países da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean), que visitaram o Mato Grosso do Sul em fevereiro para conferir o andamento das obras. Segundo dados da Secretaria Especial de Produtividade e Comércio Exterior do Ministério da Economia, esse bloco foi o terceiro principal destino das exportações brasileiras em 2019, respondendo por 5% de todas as vendas para o exterior. Entre janeiro e julho de 2020, o volume de exportações para os países da Asean subiu 21,5% em relação ao mesmo período no ano passado.
Fonte: Agência Senado