Mato Grosso do Sul está na meta de ser Carbono Neutro em 2030 e, para isso, tem investido em projetos de pesquisa que unam inovação e sustentabilidade. Mato Grosso do Sul se destaca com pesquisas de ponta sendo desenvolvidas em suas instituições para encontrar alternativas para medir e mitigar os gases de efeito estufa.
É o caso do projeto interinstitucional do qual faz parte o engenheiro agrônomo e doutor em genética e melhoramento, Paulo Eduardo Teodoro. Em parceria com o Governo do Estado por meio da Semagro e da Fundect, o projeto está analisando a quantidade de CO2 no solo em uma área com 6 diferentes espécies de eucalipto e tem como um de seus objetivos, determinar quais destas espécies contribuem em maior ou menor grau com a emissão desse gás.
“Mato Grosso do Sul é um dos Estados do país que mais se destacam no plantio de eucalipto. Determinar a emissão de Carbono destas espécies será de suma importância tanto no quesito ambiental quanto no econômico, visto que a neutralização do carbono pode vir a ser um quesito fundamental exigido pelo mercado. As avaliações destas emissões estão em andamento e em breve os resultados serão publicados em um artigo”, avalia o pesquisador.
Titular da Semagro, o secretário Jaime Verruck afirma que a proposta do Estado é fazer um inventário das emissões do carbono no Estado e então, criar ações para neutralizar e mitigar os efeitos estufa no Estado. “Precisamos focar na agropecuária, que tem mais ações com direcionamento para inovação com sustentabilidade. Essa pesquisa avalia o eucalipto, temos um crescimento grande da base florestal e a produção é importante para a captação de carbono”, destaca.
O pesquisador Paulo Eduardo Teodoro, que é docente do curso de agronomia da UFMS campus de Chapadão do Sul, participa de uma série de estudos em conjunto com a Unemat (Universidade do Estado de Mato Grosso) por meio do Dr. Carlos Antônio da Silva Junior e Unesp (Universidade Estadual Paulista) por meio do Dr. Newton La Scala Junior com o objetivo de analisar as emissões de CO2.
Também faz parte do projeto, a criação de um sensor capaz de realizar a medição da emissão de gás carbônico por meio de drones. “Atualmente em nossa pesquisa, utilizamos para fazer essa medição um aparelho extremamente caro e que dificilmente seria acessível para os produtores, Sendo assim, estamos trabalhando em um modelo matemático que permita fazer as medições em longa escala e com baixo custo. Assim, a busca pela neutralidade do carbono teria seu caminho encurtado, tendo métodos de avaliação mais acessíveis”, finaliza Paulo.