Mato Grosso do Sul registrou a 5ª menor taxa de desocupação do país, é o que aponta os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) coletados pela última Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílios, a PNAD Contínua.
Os números otimistas para os especialistas e para o governo estadual são referentes ao primeiro trimestre de 2021. Mato Grosso do Sul está atrás apenas de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná e Mato Grosso.
A PNAD Contínua aponta que pelo menos 141 mil pessoas não estão inseridas no mercado, o que representa 10,3% da força de trabalho, no primeiro trimestre de 2021.
Em relação ao último trimestre de 2020, um aumento na taxa de desocupados foi registrado em Mato Grosso do Sul, em 1%, porém, Daniel Frainer, coordenador de Economia e Estatística da Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), disse que isso não significa que a economia tenha piorado.
“O aumento no desemprego foi devido a uma maior procura por emprego, gerando ampliação da força de trabalho, uma vez que o número de ocupados praticamente não se alterou em relação ao trimestre anterior”, destacou Frainer.
Já o número de ocupados no período em Mato Grosso do Sul chegou a 1,2 milhão. Com relação aos setores que mais contrataram, foram: Transportes (12,24%), Serviços (3,64%) e Comércio (3,49%). Já entre os que mais demitiram, destacam-se: Alojamento e Alimentação (11,11%) e Agropecuária (7,33%).
Para o secretário da Semagro, Jaime Verruck, a pesquisa só confirma a força da economia de Mato Grosso do Sul frente a pandemia. “O fato de termos gerado quase 20 mil vagas de trabalho formal no primeiro quadrimestre já mostra que há um vigor na economia. Quando se gera emprego formal, melhora a taxa de ocupação”, pontuou.
“Mesmo aquelas pessoas que não conseguiram emprego formal, passaram a ter renda, conseguiram alguma ocupação. Isso decorre da movimentação econômica. Pensando isso no meio de uma pandemia, em que temos uma série de atividades – principalmente o comércio – mais afetadas, conclui-se que boa parte dessa ocupação vem do setor de Serviços. Já boa parte dos empregos formais são gerados na Indústria”, finalizou Verruck.