Com os preços do milho e da soja nas alturas, o plantio de trigo, cevada e triticale, por exemplo, são alternativas para o produtor economizar nos custos de produção. Mas você sabia que o investimento em culturas de inverno pode beneficiar também a produtividade das culturas de verão? Quem ajuda a gente a entender melhor é o agrônomo e especialista em cultivos, Diego Guterres.
Segundo ele, as culturas de inverno proporcionam a palhada que ajuda no desenvolvimento da soja, por exemplo. “No sul, geralmente temos a soja após trigo e um dos principais benefícios é a cobertura no solo. Esses cereais têm uma palhada mais persistente, indo verão adentro e protege a superfície do solo da variação de temperatura e o desenvolvimento da planta. Com ela, se tem maior armazenamento de água, a planta consegue fixar mais nitrogênio da atmosfera e na própria absorção de nutrientes pela a planta com essa oscilação menor da temperatura. A palha também protege o solo das gotas da chuva, provocando maior infiltração da água e menos perdas por evaporação, evitando escorrimentos que podem levar solos e nutrientes. Por fim, o solo protege da emergência de plantas daninhas”, disse.
Culturas de inverno são gramíneas, oleaginosas ou leguminosas que sucederão a área ocupada com milho ou soja de verão durante período de janeiro/fevereiro até agosto/setembro, visando a produção de grãos, fibra ou biomassa.
São várias as opções viáveis como:
Sua escolha deve ser marcada pela oportunidade econômica da região, optando pela cultura com melhor rentabilidade.