Na quarta-feira, dia 28 de junho, aproximadamente 30 toneladas de carne podre e produtos impróprios para consumo humano foram apreendidos em um açougue localizado em Ponta Porã, cidade na região de fronteira com o Paraguai. O proprietário do estabelecimento foi preso por desacato após ameaçar os agentes da Vigilância Sanitária.
O advogado da empresa Casa de Carne Machinsky, João Sandri, informou que ainda não teve acesso ao processo para verificar os fatos, mas está cooperando com as autoridades policiais. Ele também afirmou que os produtos apreendidos não seriam comercializados na casa de carnes.
Após receber uma denúncia anônima, a Vigilância Sanitária compareceu ao açougue e encontrou carnes estragadas de diversas espécies, queijos, embutidos e produtos sem identificação em condições inadequadas para consumo. Alguns alimentos estavam expostos com presença de moscas e larvas. O mau cheiro no local era intenso e testemunhas descreveram a cena como horrível.
Nesta quinta-feira (29), cinco caminhões da Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro) foram enviados para a cidade na região de fronteira com o Paraguai para recolher todos os produtos impróprios.
As aproximadamente 30 toneladas de produtos inadequados serão encaminhadas para Campo Grande, onde serão incinerados. A Casa de Carne Machinsky foi interditada.
O caso foi registrado na 1ª Delegacia de Polícia Civil de Ponta Porã.
Segue a declaração completa da empresa:
"A empresa foi surpreendida com a ação de fiscalização ocorrida e até o momento não teve acesso ao processo para investigar os fatos, mas mesmo assim está cooperando com as equipes.
Os produtos que foram apreendidos não eram destinados à comercialização na casa de carnes, mas sim resíduos coletados de outros estabelecimentos, que são encaminhados para empresas de processamento de subprodutos de origem animal, em conformidade com as leis vigentes."