Os policiais penais de Mato Grosso do Sul seguem mobilizados contra a permanência do diretor-presidente da Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário), Rodrigo Rossi Maiorchini. Após suspenderem as visitas aos presos no domingo (1º), a categoria decidiu, em assembleia realizada nesta segunda-feira (2), rejeitar a proposta apresentada pelo Governo do Estado e continuar as manifestações.
A mobilização, intitulada "Operação Legalidade" e conduzida pelo Sinsap-MS (Sindicato dos Policiais Penais de Mato Grosso do Sul), tem como objetivo demonstrar insatisfação com as condições de trabalho e a gestão atual. Entre as medidas adotadas pelos servidores estão a suspensão de horas extras, a redução do efetivo e o trabalho sem o uso de uniformes oficiais.
A paralisação das horas extras impacta diretamente os serviços nos presídios, resultando na desativação de torres de vigilância e em uma menor presença de policiais em áreas estratégicas.
A categoria busca o cumprimento de demandas relacionadas à equiparação salarial e de condições de trabalho com outras forças policiais, conforme previsto na Emenda Constitucional 104, que, em 2019, transformou os antigos agentes penitenciários em policiais penais, equiparando a carreira às demais polícias do Brasil.
As negociações entre o sindicato e o governo estadual seguem sem avanços significativos, enquanto o movimento da categoria ganha força em diversas unidades prisionais do estado.