O governador Eduardo Riedel (PSDB) diz que irá cobrar o Governo Federal para que mantenha a proposta de compra de terras em Mato Grosso do Sul onde há conflito fundiário. O anúncio foi feito na noite desta terça-feira (3) em Dourados, durante solenidade de posse de Gino Ferreira na presidência do Sindicato Rural.
"Um dos maiores problemas do campo é a insegurança jurídica. A intolerância, a ameaça, isso angustia profundamente e temos que ter um trabalho permanente para resolver isso. A compra das terras em Antônio João pode ser questionada, mas é o único caminho para resolver quem título de boa fé, ter a sua área comprada, e não retomada como dizem por aí", discursou o governador, destacando o acordo do Supremo Tribunal Federal e Governo Federal, que concederam indenização aos proprietários tanto pelas benfeitorias quanto pelo valor da terra nua, somando um total de R$ 144,8 milhões.
Ainda de acordo com Riedel, todos os grandes litígios que acontecem no estado - citou caso de Douradina, Sidrolândia e Dois Irmãos do Buriti - devem ser reparados pelo governo federal. "Mas essa reparação não deve ser confundida como questão humanitária", afirmou.
O governador do estado ainda falou que problemas históricos como a falta d'água em reservas indígenas serão resolvidos em parceria com a Assembleia Legislativa e que é preciso colocar um fim sobre os conflitos que acontecem entre indígenas e produtores rurais.
Disse também que não irá permitir o uso político de pessoas para bloquear estradas e rodovias, e o estado irá atuar para reestabelecer ordem.
Recentemente no bloqueio da MS-156 e anel viário em Dourados, Eduardo Riedel foi quem determinou que a Tropa de Choque da Polícia Militar desmobilizasse o manifesto.
Ele garantiu dois poços artesianos para as aldeias Jaguapiru e Bororó. O Governo federal também irá perfurar outros dois poços. Riedel já tem um projeto para garantir sistema de água tratada na Reserva e aguarda recursos federais para pôr em prática.