O setor de mineração do Brasil apresentou um crescimento de 6% no primeiro semestre deste ano em comparação ao mesmo período de 2022, registrando um faturamento de R$ 120 bilhões. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (19) pelo presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), Raul Jungmann.
Jungmann expressou otimismo em relação ao desempenho do setor ao longo de 2023, prevendo um resultado ainda mais favorável do que o registrado no ano passado.
No que diz respeito aos tributos e impostos recolhidos no primeiro semestre, o montante foi de R$ 41,4 bilhões, representando um aumento de 5,9% em relação ao mesmo período do ano anterior. Já a arrecadação da Compensação Financeira por Exploração Mineral (Cfem) atingiu R$ 3,4 bilhões, com um aumento de 1,9% no faturamento.
A balança comercial do setor mineral também apresentou resultados expressivos, com um saldo de US$ 13,66 bilhões, equivalente a 30% do saldo total da balança comercial brasileira.
Segundo o Ibram, o preço do minério de ferro no primeiro semestre ficou cerca de 15% mais baixo em comparação com o mesmo período de 2022. Esse cenário resultou em uma queda de 34,2% nas importações minerais em dólar e 6% em toneladas. Por outro lado, as exportações minerais em toneladas aumentaram 10,2%, mas sofreram uma queda de 5,77% em dólar devido aos preços mais baixos das commodities em relação ao primeiro semestre de 2022.
O setor de mineração projeta investimentos no valor de US$ 50 bilhões até 2027, dos quais mais de US$ 6,5 bilhões serão destinados a ações socioambientais.
Além do impacto econômico, a indústria de mineração também é uma importante geradora de empregos, proporcionando trabalho direto para mais de 206 mil pessoas.
Esses números indicam que o setor de mineração continua desempenhando um papel significativo na economia brasileira, com perspectivas de crescimento e investimentos importantes para os próximos anos.