A crise sanitária causada pela covid-19 continua sendo um grande desafio para as pessoas, para o governo e para os profissionais que atuam na linha de frente do combate à pandemia, que enfrentam a batalha pela vida de seus pacientes.
O Brasil já registrou mais de 15 milhões de casos e 423 mil mortes por covid-19. Até o momento, quase 17% da população recebeu a primeira dose da vacina contra o coronavírus e mais de 8%, a segunda dose. O sistema de saúde nacional segue em atenção para os estoques de insumos e a disponibilidade de leitos exclusivos aos pacientes com o vírus.
E nesta quarta-feira (12), Dia Internacional da Enfermagem, é momento de homenagear esses profissionais. Nesse cenário, a atuação deles ganha destaque pois são os responsáveis por 65% da força de trabalho no combate ao novo coronavírus, segundo o Cofen, Conselho Federal de Enfermagem.
Entre auxiliares, técnicos e enfermeiros, a categoria não tem um piso nacional estabelecido. O vice-presidente do Cofen, Antônio Marcos Gomes, lista as principais demandas desses profissionais.
A enfermeira Daniela Mota trabalha em uma Unidade Básica de Saúde do Distrito Federal, onde são atendidos casos leves e moderados de covid-19. Responsável pela coordenação de uma equipe de saúde da família, ela conta que a demanda de trabalho tem sido intensa, mas que é apaixonada pela profissão.
O técnico em enfermagem Eduardo Dutra tem mais de 15 anos de atuação em UTIs. Preocupado com a exposição à doença e insatisfeito com o salário que recebia em um hospital privado de Brasília, ele decidiu se afastar por um tempo da profissão.
Tramita no Senado um projeto de lei que prevê um piso salarial nacional para a categoria de enfermagem. A expectativa do Conselho Federal de Enfermagem é de que o texto seja aprovado na íntegra, o que seria um reconhecimento, segundo o vice-presidente do Cofen, do valoroso trabalho desempenhado pelos profissionais de enfermagem.