Lenilson, atual secretário de finanças de Rio Brilhante, e Maurílio Azambuja, ex-prefeito de Maracaju
Foram presos, na manhã desta quarta-feira (22), em operação contra desvios de mais de R$ 23 milhões da prefeitura de Maracaju, a 160 quilômetros de Campo Grande, o ex-prefeito Maurilio Ferreira Azambuja e o ex-secretário de finanças do município Lenilson Carvalho Antunes, durante a Operação Dark.
Lenilson atuou como secretário de finanças de Rio Brilhante, na gestão de Lucas Foroni (MDB) que o exonerou recentemente.
Além deles, Daiana Cristina Kuhn, que já foi Secretária Municipal de Administração, Iasmin Cristaldo Cardoso, que atuou como Diretora do Departamento de Tesouraria, Pedro Emerson Amaral Pinto - da Tapeçaria Lobo, Fernando Martinelli Sartor, que atuou como Assessor Especial de Gabinete e mantém ainda ao menos um contrato de R$ 60 mil com a Prefeitura para sublocação de parte da Fazenda Serrinha e Moisés Freitas Victor, pelo prazo de cinco dias.
Segundo o Midiamax foi feito o bloqueio de bens, além de outras medidas cautelares determinadas pela Justiça. A ação mira servidores públicos que atuaram no alto escalão do executivo municipal nos anos de 2019/2020, bem como, empresários e empresas com envolvimento no esquema.
Foi constatada a criação de uma conta bancária de fachada, diversa da oficial e não declarada aos órgãos de controle interno e externo do município, por onde foram promovidos mais de 150 repasses de verbas públicas em menos de 1 ano.
A partir de negócios jurídicos dissimulados, integrantes do alto escalão da prefeitura emitiram mais de 600 lâminas de cheques, que totalizaram mais de R$ 23 milhões, a empresas, sem qualquer embasamento jurídico para amparar os pagamentos.
Muitas das empresas beneficiárias dos valores não mantinham relação jurídica com a prefeitura — licitação, contrato ou meio legal que amparasse a transação financeira. Além disso, não havia emissão de notas fiscais e os valores não eram submetidos a empenho de despesas.
Foram encontrados alvos no estado do Paraná. Um deles acabou localizado e preso em um hotel. As ações foram realizadas em Maracaju, Corumbá, Ponta Porã e Campo Grande e envolveram 60 policiais civis do Estado e ainda na cidade de Umuarama através de uma equipe da PCPR.