Ficaram para trás cinco sets sob forte calor, um adversário talentosíssimo e 10 anos mais jovem, Roger Federer e Novak Djokovic. Neste domingo, Rafael Nadal provou que continua sendo um dos maiores da história do tênis. Com uma virada maiúscula sobre Daniil Medvedev, em 5h24 de jogo e parciais de 2/6, (5)6/7, 6/4, 6/4 e 7/5, o espanhol sagrou-se bicampeão do Australian Open e se tornou o maior vencedor de Grand Slams no masculino. Agora são 21 troféus de Majors.
O Touro Miúra tornou-se ainda o segundo tenista a conquistar ao menos dois títulos nos quatro torneios. Além dos dois títulos do Australian Open (o primeiro em 2009), Nadal ostenta 13 em Roland Garros, dois em Wimbledon e quatro no US Open. Federer e Djokovic, que não jogaram em Melbourne este ano, têm 20 títulos de Grand Slam cada.
A atuação deste domingo soa ainda mais inacreditável pelos últimos meses. Nadal quase não jogou no segundo semestre de 2021, e em setembro apareceu de muletas após mais um tratamento para uma lesão crônica no pé esquerdo. Pensou em se aposentar. Voltou, mas enfrentou a Covid em dezembro. Voltou de novo e teve uma das maiores atuações da carreira. Um monstro.
Com a derrota, Medvedev perdeu a chance de assumir o posto de número 1 no mundo no dia 21 de fevereiro, quando os pontos do Australian Open de 2021 seriam descontados. Ainda assim, o vice-campeonato somado à ausência de pontos de Djokovic o aproximam significativamente do topo do ranking.