O mercado físico de boi gordo registrou preços estáveis nesta sexta-feira. Segundo o analista de Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias, os frigoríficos ainda operam com escalas de abate relativamente confortáveis, ainda posicionadas entre três e cinco dias úteis em média.
“Foram relatadas algumas tentativas de compra abaixo da referência média, mas foram rechaçadas pelo pecuarista. Animais que cumprem os requisitos de exportação com destino ao mercado chinês ainda são negociados com R$ 5, de ágio em relação aos animais que são destinados ao mercado doméstico”, assinalou o analista.
As incertezas em torno da China permanecem presentes no mercado, avaliando a constante queda dos preços da suinocultura chinesa. “Somado a isso foram relatadas a tentativa de renegociação de contratos por parte de importadores chineses, premissa válida para carne bovina e suína”, disse Iglesias.
Com isso, em São Paulo, Capital, a referência para a arroba do boi ficou em R$ 320, na modalidade à prazo. Em Goiânia (GO), a arroba teve preço de R$ 305. Em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 313, inalterada. Em Cuiabá, o valor pago foi de R$ 309, inalterada. Em Uberaba, Minas Gerais, preços a R$ 316 a arroba.
Já no mercado atacadista, os preços da carne bovina ficaram de estáveis a mais altos. A expectativa é que haja continuidade deste movimento no curto prazo, em linha com a entrada dos salários na economia motivando a reposição entre atacado e varejo. “No entanto esse movimento será cerceado pela atual situação econômica, que impossibilita o consumidor médio de absorver novos reajustes da carne bovina, simplesmente migrando para proteínas mais acessíveis. Nesse contexto, a carne de frango ainda conta com a preferência do consumidor médio”, disse Iglesias.
Com isso, o corte traseiro teve preço de R$ 20,75 o quilo, alta de R$ 0,45 o quilo. O corte dianteiro teve preço de R$ 17,30 o quilo e a ponta de agulha permaneceu em R$ 17,40 o quilo.