O 1º Festop, o Festival de Todos os Povos, vai movimentar a agenda cultural de Dourados em abril, com um fim de semana de muita música, artes cênicas, literatura, artesanato e gastronomia. Entre as atrações musicais, um reforço considerável. A organização do festival confirmou a participação do Brô MC’s, o primeiro grupo de rap indígena do Brasil. Eles se juntam à outra dezena de artistas que se apresentarão entre os dias 14 e 16 de abril.
Os shows e exposições na Praça Antônio João são gratuitos. O evento é financiado pelo Fundo de Investimentos Culturais (FIC) da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul (FCMS), com contrapartida da Prefeitura de Dourados e com apoio do Sicredi e da West Fertilizantes.
O Brô MC’s é formado por quatro artistas da etnia Guarani Kaiowá. Bruno VN, CH, Kelvin Mbarete e Clemerson Batista são das aldeias Jaguapiru e Bororó, em Dourados e escolheram a música que nasceu nas periferias das grandes cidades para levar ao mundo a sensibilidade e a força de uma cultura resistente. Em versos, o quarteto leva em cada apresentação anseios, medos e sonhos da juventude indígena.
Em 14 anos de estrada, o Brô MCs acumulam apresentações marcantes e parcerias. O grupo passou por diversos programas de TV, desde o programa da Xuxa até o Altas Horas. Em 2020, passaram pelo Prêmio “Sim à Igualdade Racial”, apresentado no Multishow. No ano passado, os músicos douradenses foram convidados pelo DJ Alok para parceria na música “Jarahá”, que entrou na trilha sonora do remake de sucesso da novela Pantanal. Para completar, dividiram o Palco Sunset, do Rock In Rio, com o rapper Xamã. Experiências que confirmam que a música não tem limites e o Brô MC’s segue derrubando barreiras e se renovando.
Programação
Outras atrações estão confirmadas para se apresentarem no palco do Festop, como a cantora Soul Ra, Caio Borda, Emanuel Marinho, Kleber e Kleberson, Não Tem Hora, Dagata e os Pé Vermeio, Miliano, Orquestra Sinfônica da UFGD, Sucata Cultural, Made in 90, Grupo de Dança Studio Jacy Brasileiro, Grupo de Dança Canto Kaiwoá e o grupo Sampri, esse último de Campo Grande.
A programação para os três dias de Festival deve ser divulgada pela organização nos próximos dias. Haverá também apresentações de dança, poesia, artistas circenses, além das feiras de artesanato e literatura. “Queremos todas e todos na Praça Antônio João conhecendo e curtindo a produção cultural e os artistas douradenses”, afirma o professor, músico e produtor cultural, Fernando de Castro Além, idealizador e um dos organizadores do Festop.